Era noite. Provavelmente uma das mais chuvosas e aterrorizantes tempestades que já vivi nesse farol. Uma daquelas que me fazia lembrar o porquê mamãe sempre teve medo do meu trabalho.
De repente, batidas na porta puderam ser ouvidas entre os fortes trovões que pareciam estar caindo na minha cabeça de tão próximos.
-Tem alguém ai? me deixa entrar por favor!
Nunca recebo visitas neste emprego.
-Minha moto descarregou e preciso de ajuda! tem alguém ai? – a voz perguntava enquanto batia mais forte na porta.
Justo hoje que esqueci minha faca de proteção.
-Eu sei que tem gente trabalhando aqui. Qual
é me deixa entrar por favor, não me deixa aqui fora! – as batidas aumentaram.
Como ele sabe que eu estou aqui?
…
Decidi abrir. Ainda devem existir pessoas boas no mundo.
– Você está bem amigo? a tempestade te pegou de jeito. – perguntei ainda meio apreensivo, porém mais relaxado. Não me parecia ser uma pessoa ruim.
-Obrigado, obrigado, obrigado! por um segundo achei que iria ter que largar a moto e ir até a próxima casa nessa chuva – respondeu sorrindo, mas seus olhos não acompanharam o gesto.
No fim, era apenas um jovem motoqueiro com azar.
Eu acho.
Desafio Diário: O Último Farol
- Tema: Um farol isolado na costa durante uma tempestade.
- Número de personagens: 2 (o guardião do farol e um visitante inesperado).
- Perspectiva: Primeira pessoa, na visão do guardião do farol.
- Sentimentos:
- Guardião do farol: Solidão misturada com um leve alívio ao ver outra pessoa.
- Visitante inesperado: Desespero, mas com um fio de esperança ao avistar o farol.
- Tarefa: Escreva uma cena de 200-300 palavras em 15-20 minutos, descrevendo o momento em que o visitante bate à porta do farol e o guardião decide se vai ou não abrir.
- Tipo de história: Suspense com um leve toque de mistério (sem plot twist explícito, mas deixe a intenção do visitante ambígua para criar tensão).
Iai? consegui cumprir o desafio? Comenta sobre.